segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
10 coisas sobre: importação independente
Antes da abertura do mercado para produtos importados, em 1990, quem quisesse um carro vendido somente no exterior teria de fazer importação independente. Fundada em 1988, a Abraciva (Associação Brasileira de Comerciantes Importadores de Veículos Automotores) diz ter sido uma espécie de cobaia para as montadoras. "Até hoje é assim. Antes de trazer um carro de forma oficial, as empresas veem como está o nosso mercado com aquele modelo", diz Juarez Souza, presidente da associação. Saiba, então, 10 coisas sobre esta operação.
1 - Não há restrição para a importação de veículos. O consumidor pode escolher qualquer modelo de qualquer país. Apenas carros a diesel, sem ser 4x4 com reduzida ou com capacidade de carga acima de uma tonelada, não podem ser emplacados no Brasil.
2 - Ao receber o pedido do cliente, o importador independente busca o carro em uma concessionária parceira no exterior. Do país escolhido, o veículo vem para o Brasil de navio ou avião.
3 - Ao chegar, os carros não passam por nenhum tipo de "tropicalização". "As centralinas atuais já identificam o tipo de combustível e se adaptam à gasolina brasileira depois do segundo abastecimento", explica Souza. "Só os superesportivos, como os Lamborghini, é que precisam de uma mudança na bomba de combustível".
4 - Os custos para trazer um carro englobam o imposto de 35% sobre o preço FOB (Free on Board), que é o custo do carro, do frete e do seguro de transporte. Na chegada, ainda é preciso pagar IPI (imposto sobre produto industrializado), ICMS (imposto sobre circulação de mercadoria e serviço), PIS-Cofins, armazenagem, licença do Ibama, taxas portuárias e de aduana e o lucro do importador.
5 - O licenciamento no Brasil é normal, como um carro comprado na concessionária. Não é preciso fazer homologação nem vistoria. "Está tudo escancarado. É possível trazer um carro do Paquistão e emplacar aqui", reclama o presidente da Abraciva.
6 - Algumas lojas possuem contratos com oficinas de grande porte, que garantem a manutenção e a reposição de peças dos carros importados. A importadora Forest Trade, por exemplo, está construindo uma oficina própria.
7 - A garantia obrigatória por lei é de 90 dias. O período varia e pode chegar a um ano em alguns importadores.
8 - A revenda do carro importado de forma independente é normal e o preço varia conforme o mercado.
9 - Segundo os importadores, a desvalorização de um importado independente é a mesma de um modelo equivalente trazido oficialmente por montadoras. "Dependendo do carro, é até mais valorizado", diz Souza.
10 - Os números de vendas são registrados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que mistura aos carros vendidos pelas montadoras. "Sendo assim, fica difícil medir o volume de vendas, mas acreditamos que em 2009 tivemos cerca de 6.000 carros independentes vendidos no Brasil", afirma o presidente da Abraciva.
-Fernando Pedroso
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